13 setembro 2016

O que fazer nos dias de chuva?




Questionei minha vida. Repensei trabalho, vícios, saúde, amor, atitudes, amizades, laser. Passei a caminhar diariamente e refletir mudanças.
Houve o dia em que senti que era o momento de reviver a chuva. Será que a chuva provoca resfriado? Será que me energiza? É verdade que chuva lava a alma? Ou será que com a chuva somos igual a um tênis que leva uma semana para secar? Saí e me encharquei de vida. Senti-me como uma criança perguntadeira que ao chegar em casa levou bronca por participar de ações radicais ao querer entender o mundo com a própria experiência.


Então? O que fazer nos dias de chuva?

Aos 12 anos – comprar uma briga com a mãe, se recusar de ir para a escola e ficar na cama.

Quando apaixonada – recolher uma cesta de pingos e fritar bolinhos de chuva.

Quando bem acompanhado – colocar a capinha antes de fazer amor.

Se mulher – amaldiçoar os deuses do Olimpo que inventaram o cabelo indócil.

Se esquecido – procurar na agenda de telefones o número do disq guarda-chuvas.

Aos 32 anos – Trocar beijos carinhosos com a esposa, em casa, ao invés de trocar apertos de mãos com colegas no trabalho.

Se morador da periferia – espalhar baldes sob as goteiras.

Se vendedor ambulante – aumentar o tamanho da barraca e trocar o filtro solar por guarda-chuvas.

Quando de bem com a vida – ir para a janela e olhar as gotas apostarem corrida na vidraça.


Quando escoteiro – rezar para nunca mais chover nos dias de acampamento.

Um comentário:

Lucas disse...

"Quando de bem com a vida – ir para a janela e olhar as gotas apostarem corrida na vidraça."

Esse foi no fundo.

 
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