Uns R$ 23,00
30 agosto 2012
Travessuras da menina má
Travessuras da menina má
Autor: Mario Vargas Lhosa
Editora: Ponto de leitura
400 páginas
Uns R$ 23,00
Uns R$ 23,00
Jamais havia lido Mario Vargas Lhosa. Sabia que fora vencedor recente de um Nobel de Literatura e que é peruano.
Confesso que o tamanho do livro – 400 páginas – não foi nada estimulante para o início da leitura. É que tenho o péssimo costume de ir até o fim em todas as minhas leituras, independentemente se gosto ou não.
Mas já na primeira página o livro atiçou a minha curiosidade. É que eu esperava de um escritor de Prêmio Nobel de Literatura um linguajar austero, de frases longas e palavras cabeludas. Ao contrário, encontrei um contador de histórias amigável como se estivesse sentado no sofá da minha sala.
A história pode ser resumida em: um sujeito se apaixona por uma colega de escola que não lhe dá a menor trela nem esperança. A paixão vira uma espécie de idolatria onde um lambe o chão do outro que ignora solenemente a existência do primeiro. Ele é tradutor enquanto ela é alpinista social. A história começa em Lima, no Peru, avança para Paris da revolução feminista, continua na hippie londrina e termina em Barcelona, sempre com riquíssimas descrições dos cenários, das geografias e dos momentos históricos.
Mas a grande riqueza da história está no entrelaçamento de personagens de riquíssimas biografias. Vai escrever bem , lá longe!
Este livro também foi escolhido pelo nosso Clube de Leitura. Pela primeira vez houve unanimidade. Todos gostaram muito. Todos terminaram de ler e, para minha surpresa, três colegas leram o livro duas vezes.
29 agosto 2012
7 coisas que aprendi por Roberto Klotz
"Em uma iniciativa conjunta* entre os blogs Escriba Encapuzado e Vida de Escritor, T.K. Pereira e Alexandre Lobão convidam escritores para compartilharem suas experiências com os colegas de profissão, destacando sete coisas que aprenderam até hoje.
Não interessa se você é iniciante ou veterano, se escreve poesias, contos, romances ou biografias, envie sua contribuição para esta série de artigos!
A fim de contribuir, eis as 7 coisas que aprendi com a escrita até hoje e que agora compartilho com vocês:"
http://escribaencapuzado.wordpress.com
https://www.facebook.com/escribaencapuzado
❶ Que para produzir é essencial ter um prazo para finalizar a tarefa. – Estipule prazos sempre que for escrever um conto uma crônica ou um romance. Você se lembra de que era capaz de produzir um texto em 50 minutos quando o professor de português exigia uma redação?
❷ Que é necessária uma boa caminhada com os pensamentos no foco do tema, desenvolver a criatividade, imaginar as ações. Antes de digitar procure premeditar a ideia, o roteiro e a estrutura. A partir de um tema, uma palavra, um fechamento, um fato estimule a progressão da ideia com coerência, começo meio e fim.
❸ Que a coerência é fundamental. – Mesmo se o texto for surreal precisa manter coesão. Antes de sair é preciso estar dentro. Um personagem de boa índole não pode virar assassino de uma hora para outro, no mínimo precisa de uma grande motivação.
❹ Que a pesquisa evita que escrevamos bobagens. – Consulte livros, pergunte e pesquise na Internet. É mais seguro para criar nomes para personagens, descrever cenários que não conhecemos e até é possível resgatar flahes históricos. Quem sabe, você descubra quantas moedas de ouro descansavam na algibeira de Joaquim Silvério dos Reis enquanto outro Joaquim era esgoelado na praça.
❺ Que ao escrevermos contos ou crônicas devemos manter o tom do início ao fim. – Se a intenção é provocar pavor, piedade, ódio, simpatia... ou seus contrários, a short storie não permite alteração de tom sob pena de prejudicar o resultado. Por exemplo, se a intenção é escrever um final cômico para um velório, é necessário dar ao leitor alguma dica prévia que o texto não é sério.
❻ Que o leitor não gosta de mulher bonita. Mostre. O leitor prefere que seja descrita: “Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado.”
❼ Se você quiser conhecer uma opinião verdadeira sobre seu texto, em vez de perguntar ao amigo se gostou, pergunte do que ele não gostou. Mas ouça e acate (pelo menos no momento) sem se defender, senão jamais ouvirá sinceridade novamente deste leitor.
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