08 dezembro 2010

O tubarão na história


“Uma turista alemã de 70 anos morreu ao ser atacada por um tubarão quando se banhava no Mar Vermelho, diante do hotel, no concorrido balneário egípcio de Sharm El-Sheik, um dos destinos mais procurados no Oriente Médio. Horas depois da morte da idosa alemã, as autoridades locais anunciaram a captura de dois tubarões de 2m.” CB – Mundo, 06/12/2010.


Os tubarões mordem há 450 milhões de anos.
Pois é, vou lhes contar a história de uma poderosa família de tubarões cuja dinastia está instalada desde os tempos imemoriais no Mar Vermelho.
Apenas para que você, caro leitor, tenha a noção do poder desta família, eu relembro que eles ficarm muito irritados e ameaçados quando um líder religioso, Moisés, mandou abrir uma estrada ligando as duas margens do Mar. Foram privados do mais elementar direito de liberdade. Foram impedidos de ir e vir. Sentiram-se aprisionados. Foram bloqueados. Não puderam transitar livremente no sentido Norte-Sul por um período curto, mas inesquecível. Os Tubarões reclamaram, protestaram, ameaçaram processar. Para compensar o fechamento, Moisés ofertou centenas de soldados para alimentar a corte dos tubarões.
Apesar da dispensa lotada de apetitosos soldados, precisavam se prevenir contra possíveis novas intervenções humanas. A família se organizou, juntou riquezas e estudou, durante 3000 anos, diversas possibilidades. Contrataram um francês, Ferdinand Lesseps, para abrir uma rota de fuga até o mar mais próximo, o Mar Mediterrâneo. A obra foi tão bem planejada e executada que resultou em vantagem adicional de alimentar de operários todo o clã durante uma década.
Os livros não revelam tudo por falta de pesquisa dos historiadores. Estudando os hieróglifos encontrei mais fatos curiosos.
Com a morte de Ptolomeu XIV os filhos, Ptolomeu XIV e Cleópatra herdaram juntos o trono egípcio. A encantadora Cleópatra, como todos sabem era muito bonita e costumava se enfeitar com jóias e pedras de todos os quilates. Cleópatra era conhecida por adorar jóias, poder e gatos. Só alguns poucos súditos conheciam a paixão da rainha por tubarões.
Contrariando os desejos do pai os irmãos brigavam pelo poder e Ptolo (esse era o aplelido do mano) a expulsou do reino. Ela pegou carona num navio e foi parar em Roma onde seduziu o imperador Júlio César. Voltou ao Egito com o apoio dos romanos para aniquilar o exército faraônico e destronar o irmão.
Todos, incluindo Ptolo, vivos ou mortos, foram oferecidos à familia Tubarão no mar ao leste do Egito. A parentada Tubarão se banqueteou durante meses num episódio singular. As águas verdes foram tingidas de púrpura originando o nome do Mar Vermelho.
Desde então, Cleópatra sempre servia algum escravo ou desafeto aos bichos de estima. O próprio marido jamais foi encontrado depois que ele a questionou sobre trocas de cartas e olhares com o governador Marco Antônio.
Marco Antônio se juntou a Cleópatra e governaram a porção Oriental do Império Romano sempre alimentando os tubarões a partir do balneário de Sharm El-Sheik.

Um novo conto
sempre baseado em notícia de jornal .
Sempre às quartas-feiras antes das 18h.
Sempre entre 2959 e 2997 caracteres.
Sempre com bom humor.
Como um colunista à espera de um convite para um grande jornal.

Um comentário:

Glauber Vieira disse...

Você tem talento, Klotz, persista que alguém te acha!

Gostei do texto.

 
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