23 maio 2009
14 maio 2009
Cabelos grisalhos de Doralina Santos
Rosto liso de preocupações, olhos faiscando hormônios, cabelos ao vento, calça justa, peitos apontando para o céu brilhante.
Olhei minha neta. Vá, vá viver a vida.
Cedinho, na padaria, um menino chamou-me bruxa velha. Chorei o dia inteiro não ter vivido outros homens. Somente o vovô. Que já morreu.
Vá, minha querida, beije muito. Beije muitos. Beije muito muitos. Beijo na boca. Beijo de língua. Muita língua. Beije. Sugue poemas.
Hoje, meu aniversário, 82 anos, meus cabelos estão em neve, as mamas apontando para o inferno opaco. Sobrou-me apenas o pau da vassoura entre as pernas.
Olhei minha neta. Vá, vá viver a vida.
Cedinho, na padaria, um menino chamou-me bruxa velha. Chorei o dia inteiro não ter vivido outros homens. Somente o vovô. Que já morreu.
Vá, minha querida, beije muito. Beije muitos. Beije muito muitos. Beijo na boca. Beijo de língua. Muita língua. Beije. Sugue poemas.
Hoje, meu aniversário, 82 anos, meus cabelos estão em neve, as mamas apontando para o inferno opaco. Sobrou-me apenas o pau da vassoura entre as pernas.
08 maio 2009
A vira-latas parideira
Meu amigo ganhou uma cadelinha vira-latas. Batizou-a Puta.
Todos a chamam Puta. Todos a chamam por esse nome. Ela abana o rabo feliz. Jamais mordeu quem a chamasse pelo nome.
Só entendi a escolha do meu amigo quando a cadela cresceu e teve filhotes. O primeiro recebeu o nome de Presidente. Depois vieram Ministro, Senador, Deputado, Prefeita e outras mais.
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