30 abril 2008

Torpedos desclassificados

No sábado recebi um torpedo no meu celular:

“mae vo viajar com uma miga dumingo volto”

Li duas vezes. E, apesar de não ser espelho, refleti que não sou mãe, que meus filhos estão reunidos comigo e que eles não cometeriam tantos crimes ao vernáculo em apenas uma linha. Conclui que aquela mensagem não era para mim. Era um engano.
Deixei por isso mesmo.
Hoje, segunda-feira, recebo outro torpedo telefônico:
“Vo almoca com uma amigas”

Pela linguagem capenga, julgo que seja a mesma pessoa.
Ameaço ignorar, entretanto a ironia coçou e se fez presente.

“Você já almoçou. Comeu um U, uma cedilha e um S.”

Enviei e, para surpresa minha, veio a resposta:

“Nao fui ainda”

Achei que eu não deveria ser desagradável só porque ela comeu, de sobremesa, o til.

2 comentários:

Leandro L. Rodrigues disse...

hahahaha...
E o pior de tudo, meu caro amigo, é que tem muita gente considerando esse tipo de refeição como uma revolução gramatical, uma reinvenção da língua.
Bom apetite para a torpedeira, eu tô fora.

Anônimo disse...

hahaha...
isso aqui tá melhor que o BDE.

 
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