10 janeiro 2007

Hantavirose

Na morte todas as pessoas são glorificadas. São esquecidos os pecados e desventuras, à beira da cova o falecido é colocado como anjo.
O atestado de óbito, de uma forma ou de outra, presume o modos vivendum do extinto.
Cirrose hepática: era um camarada alegre, sempre pagava uma bebida...
Aids: tinha uma vida sexual intensa e feliz...
Enfarto: pessoa preocupada com os próximos...
Acidente de carro: acabou de comprar um carro novo, estava realizado...
Hantavirose: cheirou cocô de rato.
Ninguém merece.
※ ※ ※ ※ ※
O quadro "Preparando Enterro na Rede", do pintor Cândido Portinari - avaliado em US$ 1 milhão foi roubado em 2005 da Galeria Thomas Cohn.

2 comentários:

Anônimo disse...

concordo, ninguém merece...

Klotz disse...

Noutro dia fui a um enterro em que o falecido teve causa mortis a congestão. Ninguém discursou a felicidade do ancião com uma jovem na cama depois da feijoada. É que todos já sabiam...

 
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